No ano passado, aconteceu muita coisa no mundo das redes sociais: o Facebook “roubou” os usuários do Snapchat para o Instagram com as stories, o presidente dos Estados Unidos anunciou políticas oficiais em 140 caracteres, e a Apple anunciou planos para alterar a forma como interagimos como nossos dispositivos móveis.
Leia também:
» Quais são as melhores redes sociais para anunciar neste ano?
» Infográfico: como encontrar seu público no Facebook
» Infográfico: Google AdWords ou Facebook Ads
Agora, as redes sociais estão criando cada vez mais disrupções, uma vez que os “novos avanços tecnológicos” já se tornaram obsoletos, e as normas sociais em relação à essas plataformas mudam constantemente.
Para te ajudar, trazemos dicas para acompanhar as tendências das redes sociais deste ano:
1. Realidade aumentada
No primeiro evento realizado no Steve Jobs Theater, a Apple anunciou o iPhone 8 e o iPhone X. Ambos os dispositivos incorporam um novo chip que traz aos usuários experiências extraordinárias com realidade aumentada. Enquanto a tecnologia ainda é tímida e tem seus impactos iniciais em jogos de celular, é muito provável que as redes sociais encontrem novas formas de utilizar essa tecnologia.
Por exemplo, é possível que o Snapchat ou o Instagram suportem filtros que permitam aos usuários tirar uma selfie com uma projeção de um amigo ou uma celebridade com realidade aumentada. Da mesma forma, as marcas podem projetar seus produtos nas casas dos usuários utilizando novos filtros de fotos.
2. A popularidade do Instagram Stories
Mais de 200 milhões de pessoas (mais ou menos a mesma população do Brasil) usam o Instagram Stories todos os meses, o que é 50 milhões a mais dos que usam o Snapchat – isso com apenas 1 ano de idade! Nesse ritmo, metade de todos os usuários do Instagram utilizarão o recurso de Stories até o fim de 2018. Isso significa que marcas com interesse em se conectar com públicos-alvos dentro do perfil dos usuários do Instagram precisam aproveitar esse curto período para dominar os Stories.
» Saiba como usar o potencial do Instagram nos seus anúncios
3. Investimento contínuo em Influencer Marketing
Mais de 90% dos profissionais de marketing e publicidade que aplicam influencer marketing em suas estratégias acreditam que ele traz resultados significativos. Empresas como North Face, Hubspot e Rolex utilizam estratégias de marketing de influenciadores nas redes sociais para se conectar com novos públicos e melhorar o engajamento com públicos já existentes.
Esse ano, nós vimos marcas que optaram por estratégias mais tradicionais tiveram mais dificuldades para se conectar com usuários das redes sociais. Agora, é provável que marcas abraçarão o marketing de influenciadores como nova forma de engajar públicos pouco atingidos por formatos e discursos tradicionais.
4. Foco na geração Z
Um estudo recente conduzido por Goldman Sachs concluiu que a Geração Z é mais valiosa para as empresas do que os millennials. Hoje, os “Centennials” mais velhos tem por volta de 22 anos. Eles estão começando a entrar no mercado de trabalho, e terão poder de compra maior por um certo tempo.
As marcas começam a reconhecer isso, e estão modificando suas estratégias de acordo. Espere grandes investimentos em plataformas mais curtidas pelos Gen Zs, como Snapchat e Instagram.
5. Aumento da participação de marcas em plataformas de mensagens
Mais de 2,5 bilhões de pessoas usam plataformas de mensagens em todo o mundo, mas ainda assim as marcas estão focadas em se conectar com usuários puramente nas redes sociais. Neste ano, a tendência é que empresas invistam mais tempo e dinheiro mudando essa situação. Inteligência artificial, assistentes de voz e chatbots vão permitir que marcas personalizem experiências de compra em ferramentas como Messenger, WhatsApp e Kik.
6. Expansão dos vídeos ao vivo
O que antes era uma espécie de “truque” para conquistar audiências, agora é parte básica das redes sociais. As pequenas e grandes marcas começaram a usar live streaming para ganhar a atenção de seus seguidores.
GORUCK, uma fabricante de mochilas e organizadora de eventos de resistência extrema, é um dos exemplos de empresas médias que cresceram graças aos atraentes vídeos ao vivo no Facebook. Milhares de seguidores assistiram uma cobertura da prova de resistência com duração de 48 horas.
Neste ano, cada vez mais marcas começarão a perceber o potencial desse recurso, e irão incorporá-lo aos seus calendários de conteúdo mensais.
7. Repensando o Twitter
O Twitter não têm crescido significativamente seu número de usuários depois de 2017. Na verdade, o Linkedin, Facebook e Instagram têm mais usuários que o Twitter. Neste ano, o Twitter também perdeu a concessão do streaming de jogos importantes, como o National Football League, para a Amazon. Agora, é provável que as cabeças do Twitter repensem como a plataforma opera, caso queiram se manter no topo do ranking das redes sociais mais utilizadas.
Especialistas da área sugerem que possíveis mudanças ao Twitter inclua investidores privados, alterando a plataforma para incluir elementos de assinatura e/ou renovação das opções de anúncios, que ficou ultrapassada em relação à outras plataformas.
[alert]O Twitter anunciou ontem o começo dessas mudanças, atualizando seus Termos e Política de Privacidade, que entram em vigor em 25 de maio de 2018.[/alert]
8. “Rolês” digitais se tornaram mainstream
O Houseparty é uma plataforma de chamada em vídeo utilizada por mais de 1 milhão de pessoas todos os dias. É utilizado principalmente por centennials para conversar com amigos e familiares virtualmente. A plataforma é tão famosa que o Facebook está investigando formas de criar uma funcionalidade similar dentro da rede social.
Nós já vimos que o vídeo está se tornando cada vez mais relevante nas mídias sociais, e os “rolês digitais” digitais em vídeo são a próxima iteração natural dessa tendência. É provável que, neste ano, o Facebook anuncie um produto similar ao Houseparty para “roubar” esses usuários, assim como o Instagram fez com o Snapchat.
9. O Facebook Spaces está chegando
O Facebook não está só interessado em vídeos: eles estão trabalhando num projeto chamado Spaces que tem como objetivo permitir que amigos se conectem usando realidade virtual. Já que o Facebook é dono do Oculus Rift, uma empresa de hardware e software de realidade virtual, não é surpresa que o gigante das redes sociais esteja criando recursos para abraçar essa tecnologia.
Facebook está pronto para escalar o Spaces em 2018. Quando eles fizerem isso, é provável que será o primeiro produto de RV de redes sociais em escala.
10. Plataformas sociais adotam políticas mais duras
Depois de uma série de discussões polêmicas sobre as eleições presidenciais de 2016 nos Estados Unidos, as redes sociais estão abraçando abordagens cada vez mais “hands-on” na condução de suas plataformas. O Facebook recentemente recusou milhares de anúncios que poderiam estar ligados à interferência russa, e investiu em novos membros e IAs para monitoramento.
Pelas duras críticas que o Facebook e o Twitter receberam no ano passado, é provável que essas plataformas adotem códigos de conduta e políticas de governança que protejam suas marcas (e talvez seus usuários).
Resumindo
O número de tendências das redes sociais que vão impactar de forma significativa tanto os usuários quanto marcas está crescendo e acelerando gradualmente. É provável que vídeos ao vivo e realidade virtual se tornem mais comuns nessas plataformas. Ao mesmo tempo, marcas vão focar seus esforços em plataformas como Snapchat e Instagram, já que pessoas da geração Z gastam cada vez mais tempo nelas.
Com o anúncio dos novos iPhones, a realidade aumentada pode se tornar parte de novas funções nas redes sociais, de maneiras que sequer eram pensadas anos atrás. E, por fim, o Twitter e o Facebook provavelmente ajustarão seus termos de uso e políticas para proteger suas marcas de críticas e trazer experiências digitais melhores.
Saiba como tirar o melhor das redes sociais!
Publicado originalmente em [ Entrepreneur ]. Tradução e adaptação por tutano.
Comments 1