É fato que a pandemia de Covid-19 sozinha mudou o cenário do mercado de trabalho da noite para o dia. Centenas e milhares de funcionários receberam férias coletivas, assim como outros ficaram desempregados em um piscar de olhos.
Somente entre os meses de maio e setembro, mais de 4 milhões de pessoas ficaram desempregadas no Brasil.
Como resultado, o número de candidatos aumentou e a concorrência por vagas de empregos está mais alta do que nunca, com um número excessivo de pessoas lutando para garantir as vagas no segundo em que elas ficam disponíveis.
Inúmeras entrevistas pelo zoom, aplicativos do tipo “me escolha” cada vez mais criativos, workshops e apresentações interativas… as apostas e a competição estão excepcionalmente altas.
Recorde de candidaturas
Nesse meio-tempo, os empregadores que estavam constantemente recrutando ou que começaram a recrutar novamente para suas vagas estão sendo bombardeados com candidatos – e quando dizemos bombardeados, queremos dizer inundados.
Veja a Empresa Northern Monk Brewing em Leeds, por exemplo, que recebeu mais de 1.000 candidaturas para um trabalho de embalagem que anunciaram recentemente. Eles disseram que nunca houve tantas pessoas se candidatando para um emprego com eles.
Enquanto isso, o restaurante Manchester 20 Stories, anunciava a vaga para recepcionista. No dia seguinte, eles receberam quase 1.000 candidaturas. Eles estão acostumados entrevistar cerca de 30 candidatos para esse tipo de vaga.
O poder do empregador versus o poder do candidato
Então significa que agora há um mercado de empregadores com a quantidade atual de candidatos por vagas – ou um ‘pool de candidatos numerosos’?
Dado o grande volume de pessoas disponíveis para trabalhar (o Instituto de Estudos de Emprego estima que as demissões causadas pela Covid-19 podem chegar a mais de 700.000, neste outono), os empregadores têm mais opções do que nunca. Eles têm o privilégio de terem muito mais candidatos para escolher.
Mas será que isso é um privilégio?…
Como eles terão certeza de que selecionaram a pessoa certa? E como eles vão proporcionar uma experiência excepcional para cada candidato – bom, ruim ou mediano? Porque eles realmente devem proporcionar isso.
As empresas não podem simplesmente sentar e esperar que o talento certo chegue até elas. Elas ainda devem:
- Investir em marketing – para que possam atrair os melhores candidatos (e economizar muito tempo no processo).
- Tratar todos os seus candidatos como membros da realeza – mesmo se eles não tiverem o perfil (eles têm amigos e contatos valiosos) – e a experiência do candidato pode fazer ou arruinar a reputação da sua empresa.
Na verdade, aproveitando que estamos falamos sobre esse assunto, vimos um post no LinkedIn outro dia que pedia para que as pessoas imaginassem ver uma placa na vitrine de uma loja que dizia: ‘Somente os clientes compradores serão atendidos’. O quão indesejável e desvalorizado isso faria você se sentir?
O mesmo princípio se aplica a esta frase também, ‘Apenas os candidatos pré-selecionados serão contatados.’ Não faz muito pela marca empregadora, não é?…
Experiência ruim para o candidato = dano infinito
Sabemos que muitas empresas que não possuem uma boa reputação tentam tirar proveito do cenário difícil em que muitos candidatos se encontram.
Eles estão oferecendo uma experiência muito ruim para o candidato, e não estão fazendo o mínimo de esforço no recrutamento.
Mas a realidade disso é: a) é uma incrível falta de visão e b) os candidatos que realmente são excelentes têm tantas opções quanto sempre tiveram.
Eles ainda têm a vantagem do poder de escolha do seu lado, e eles sabem disso.
Os bons candidatos estão prestando muito mais atenção e fazendo mais pesquisas do que antes.
É mais fácil para eles investigarem as empresas e entender como é a jornada de trabalho, como tratam seu pessoal e o porque eles trabalham lá.
Embora o cenário do mercado de trabalho possa ter mudado, as equipes de recrutamento interno ainda precisam contratar as pessoas certas, não apenas qualquer pessoa. Isso não mudou.
Experiência de excelência para o candidato
Todos os candidatos devem receber uma experiência de excelência, independentemente de serem inadequados ou se encaixarem perfeitamente para a função.
Eles devem deixar o processo de recrutamento sentindo-se entusiasmados de trabalharem para aquela empresa.
Porque não vamos esquecer – todos os candidatos têm amigos, todos os candidatos ficam algum tempo no mercado, todos os candidatos melhoram e todos falam de você.
Empresas que promovem experiências de excelência para candidatos:
- São mais transparentes;
- Comunicam-se melhor;
- Investem muito na experiência do candidato.
E, com isso, se diferenciam das demais e facilitam a atração dos melhores candidatos.
As pessoas vão se lembrar desses tempos difíceis. Elas também se lembrarão da experiência que você proporcionou a elas esses tempos difíceis. Por isso, certifique-se de que vale a pena ser lembrado pelos motivos certos.
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Por Tom Hacquoil, CEO da Pinpoint. Texto traduzido e adaptado pela equipe trampos.co.
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