Ingresso no mercado de trabalho: o que você está fazendo errado?

Provavelmente você já leu este relato sobre o que as rejeições em diversas entrevista de emprego podem ensinar para quem está em busca de um trampo. Existem questões cruciais que podem transformar o modo como você se apresenta para o mercado.

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Patrícia Andrade tem uma trajetória em empresas de grande porte e em cargos de liderança, além disso é certificada pela Sociedade Brasileira de Coaching (SBCoaching). Aqui ela traz algumas dicas para quem está com dificuldade de começar (ou de se recolocar) no mercado de trabalho. Confira:

1. Muitas vezes enviamos CVs para várias empresas e não obtemos respostas. Qual é o ponto de partida para melhorar a performance em candidaturas?

Ter um bom CV é o ponto de partida. Por meio da construção de uma forte identidade profissional conseguimos mostrar ao recrutador as nossas competências e de que forma podemos ajudar a resolver os problemas que a empresa tem. Afinal, é para isso que somos contratados. O alinhamento ao perfil da vaga é o ponto seguinte; não adianta estar desalinhado em relação à experiência ou faixa salarial.

2. Uma pessoa que está iniciando a carreira consegue elaborar um currículo eficaz? Quais são os pontos de atenção nesse caso?

É possível elaborar um currículo muito eficaz no início de carreira. Aqui o importante não é focar nas experiências profissionais e sim nas suas experiências acadêmicas, de vida e conhecimentos, pois são a matéria prima do desenvolvimento da competência. Uma pessoa é competente quando é capaz de aplicar recorrentemente e com sucesso aqueles conhecimentos que adquiriu. Não se espera que alguém em início de carreira seja competente, mas sim que haja potencial para a competência se estabelecer.

3. E para quem já fez um pouco de tudo em (estágios ou empregos fora da área), é interessante descrever todas as funções já exercidas?

Mais uma vez a palavra-chave é competência. O fato de ter feito um pouco de tudo traz um grande repertório de competências que podem, inclusive, fazer a diferença na performance entre dois profissionais. Mas é preciso cuidado na elaboração do CV para demonstrar essas competências de forma consistente e não causar confusão no recrutador.

4. Existem momentos para partir em busca de novos conhecimentos (iniciar uma pós-graduação, por exemplo). Como identificar quando é este momento?

A carreira profissional se desenvolve em estágios. Esses degraus são construídos por meio da aplicação prática do conhecimento nas situações. Quando dominamos um determinado estágio estamos com consistência, solidez para avançar para o próximo estágio com segurança. Então não é adequado abrir uma diferença muito grande entre o conhecimento e a prática, senão essa “escada” fica esquisita e inconsistente.

5. Qual é sua principal dica para ter um bom desempenho na hora da entrevista?

A preparação para a entrevista é fundamental e ela acontece em diversos níveis. Primeiro em relação ao conteúdo, que seja relevante, verdadeiro. Depois em relação à empresa: saber sobre a cultura, posicionamento, negócio, de que forma você pode contribuir. Aspectos práticos: endereço, horário, transporte, vestimenta adequada àquela empresa/ posição. E por último, e extremamente importante, a preparação física e emocional. Você deve estar no seu melhor momento para que tudo contribua para o sucesso. Boa alimentação, sono e autoconfiança baseada no reconhecimento de suas capacidades.

6. Um bom CV é aquele que…

desperta a vontade no recrutador de ter aquele profissional. Ele deve demonstrar suas competências e de que forma obteve experiência ao longo da carreira. É um CV que dá tesão.

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Se você ainda não descobriu onde está errando e quer elaborar um plano sustentável, um caminho possível é através do coaching, uma ferramenta que auxilia a gerenciar com organização e consciência qualquer situação.